Jovem de 25 anos perde o movimento das pernas após realizar procedimento com fenol no DF

  • 13/10/2025
(Foto: Reprodução)
Jovem do DF fica sem movimento das pernas após procedimento com fenol Uma jovem de 25 anos perdeu o movimento das pernas após passar por um procedimento com fenol no Distrito Federal. O tratamento foi indicado por um médico, para tratar a dor crônica da paciente causada por uma endometriose profunda. Há cerca de um ano tratando os efeitos da endometriose, Bruna iniciou um novo tratamento com o médico Lucas da Silva França, anestesiologista na Clínica L'Essese, na Asa Sul. Foi ele quem prescreveu o tratamento com fenol, com a expectativa de dar fim às dores de Bruna. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. O procedimento foi realizado em uma clínica particular da capital, mas não terminou conforme o esperado. Ao fim da cirurgia, Bruna conta que não conseguia ficar em pé, precisando do auxílio de cadeiras de rodas. "A enfermeira me levou até o meu esposo, tentando me levar apoiando nela, só que quando ela me soltou, eu caí. Perdi os movimentos das pernas, perdi as forças das pernas... Depois disso eu comecei a sentir muita dormência, formigamento, tremor, muito tremor, e tudo isso depois da cirurgia", contou Bruna. Após perder o movimento das pernas, Bruna acusa o anestesiologista Lucas da Silva França de negligência médica. De acordo com ela, o especialista não informou a ela os riscos do procedimento. 🔎 O fenol é um composto orgânico usado na produção de plásticos e desinfetantes. Ele possui propriedades analgésicas e antissépticas, sendo utilizado em formulações tópicas para aliviar dores, como em tratamentos odontológicos e de garganta. Ele também é utilizado em tratamentos estéticos. Mulher perde o movimento das pernas após tratamento com fenol no DF Reprodução/TV Globo Diagnóstico Bruna conta que o médico indicou o tratamento com fenol explicando que o produto iria "destruir os nervos que radiavam dor para o cérebro", mas não a comunicou sobre os possíveis riscos da cirurgia e nem do uso do fenol. Após a cirurgia com fenol, o neurocirurgião que acompanha Bruna atualmente, deu a ela o diagnóstico de paraparesia — perda parcial de movimento nas pernas, caracterizada por fraqueza e rigidez. Desde então, a jovem utiliza morfina para as dores e precisa de cadeira de rodas para se locomover. Além disso, ela faz fisioterapia e hidroterapia para evitar a atrofia das pernas. "A minha vida hoje é uma vida totalmente dependente, algo que eu não era antes. Eu era uma pessoa muito ativa, a minha profissão em si, ela trazia isso para mim, por eu ser técnica de enfermagem eu tava sempre ativa, correndo nos quartos, fazendo medicamento, banhando paciente e hoje a minha vida não é nada disso, eu sou totalmente dependente, então foi um baque muito grande", diz Bruna. Imagens de Bruna realizando fisioterapia Arquivo pessoal/Reprodução Sem respostas Após perder o movimento das pernas, Bruna relata ter tido dificuldade em marcar um retorno com o médico responsável pelo procedimento e também pela clínica onde foi atendida. Em meio à falta de retorno, a técnica de enfermagem entrou com um processo no Conselho Regional de Medicina (CRM) contra Lucas da Silva França, que abriu uma sindicância para apurar os fatos. Bruna acusa negligência do médico responsável pelo procedimento. Em entrevista à TV Globo, ela afirma que assinou um termo de consentimento da anestesia, mas não que não foi informada sobre os riscos do procedimento ao qual foi submetida. Em nota (veja íntegra abaixo), a equipe médica responsável pelo procedimento com fenol em Bruna afirmou que a técnica foi realizada conforme protocolos científicos e éticos, com consentimento informado e em ambiente hospitalar. Destacou que complicações neurológicas são raras e não configuram erro médico quando há observância dos cuidados técnicos. Por outro lado, investigação realizada pelo Conselho Regional de Medicina afirma que "há indício de relação causal entre o procedimento médico e o efeito adverso". Já o médico disse, também em nota, que o procedimento com fenol, realizado por Bruna, é liberado pelas agências reguladoras no país. Afirmou ainda que as taxas de complicações graves são baixas, variando de 1 a 2% e os exames apresentados após à intervenção médica não corroboram com a queixa de paraplegia. O que diz a clínica "Em respeito à sociedade e aos pacientes, a equipe médica responsável pelo atendimento mencionado na reportagem publicada pelo portal Metrópoles, sob o título “Mulher perde movimentos das pernas após suposta imperícia médica”, vem prestar os seguintes esclarecimentos: 1. Procedimento indicado dentro dos padrões científicos e éticos -- O tratamento realizado foi indicado para um quadro de dor pélvica crônica refratária, resistente a múltiplas abordagens medicamentosas e fisioterápicas. A neurólise química do plexo hipogástrico superior com fenol é um procedimento previsto em protocolos internacionais de dor intervencionista, descrito em publicações médicas amplamente reconhecidas e adotado em centros especializados no Brasil e no exterior. 2. Técnica adequada, ambiente hospitalar e consentimento da paciente -- O procedimento foi realizado em ambiente hospitalar, sob rigorosos protocolos de segurança e controle radiológico, com dispersão adequada do contraste e sem intercorrências imediatas. A paciente foi informada sobre riscos, benefícios e alternativas terapêuticas, tendo sido colhido Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, validado pela equipe de enfermagem e arquivado junto ao prontuário hospitalar. 3. Complicações médicas não configuram erro -- É importante destacar que qualquer procedimento médico invasivo envolve riscos inerentes, ainda que executado com técnica correta e dentro dos parâmetros éticos. As complicações neurológicas relatadas na literatura para este tipo de tratamento são raras (1% a 2% dos casos) e não configuram imperícia, imprudência ou negligência quando todos os cuidados técnicos são observados, como ocorreu neste caso. 4. Investigação em andamento e colaboração integral -- O caso encontra-se sob apuração pelas instâncias competentes, com defesa técnica e documentação médica completas já apresentadas. A equipe médica reitera sua total colaboração com o Conselho Regional de Medicina e com o Poder Judiciário, confiando na análise técnica e imparcial das autoridades para o pleno esclarecimento dos fatos. 5. Compromisso com ética, ciência e transparência -- A equipe reafirma respeito e solidariedade à paciente e à sua família, e ressalta que qualquer divulgação precipitada de informações médicas sigilosas ou interpretações parciais pode gerar danos irreparáveis à honra e à reputação profissional. Permanece o compromisso com a ciência, a ética e o cuidado humanizado, valores que norteiam toda a prática médica responsável." LEIA TAMBÉM: VÍDEO: veja momento em que advogado agride homem com taça de vinho no DF ASA NORTE: Tronco de árvore pega fogo e altura das chamas assusta moradores de Brasília Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

FONTE: https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2025/10/13/jovem-de-25-anos-perde-o-movimento-das-pernas-apos-realizar-procedimento-com-fenol-no-df.ghtml


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