Caso Juliana Marins: perguntas e respostas após nova autópsia

  • 10/07/2025
(Foto: Reprodução)
Laudo do IML do Rio confirmou politraumatismo como causa da morte e aponta que embalsamamento comprometeu parte das análises; documento complementa autópsia feita na Indonésia. Estado do corpo comprometeu parte da perícia em Juliana Marins, aponta IML O novo laudo do Instituto Médico-Legal (IML) do Rio de Janeiro confirmou que a publicitária Juliana Marins, de 26 anos, morreu em decorrência de múltiplos traumas causados por uma queda de altura durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. A causa imediata da morte foi hemorragia interna provocada por lesões poliviscerais e politraumatismo, compatíveis com impacto de alta energia. O documento, elaborado após nova autópsia no Brasil, indica que Juliana sobreviveu por um curto período após o impacto — entre 10 e 15 minutos — mas sem condições de reagir ou se locomover. O estado do corpo, já embalsamado, comprometeu parte das análises, como a estimativa do horário da morte e a verificação de sinais clínicos mais sutis. 📸Clique aqui e siga o perfil do RJ1 no Instagram ✅Siga o canal do g1 Rio no WhatsApp e receba as notícias do Grande Rio direto no seu celular! Perguntas e respostas sobre o novo laudo: 1. Qual foi a causa da morte de Juliana Marins? A causa foi hemorragia interna provocada por múltiplas lesões traumáticas, incluindo fraturas na pelve, tórax e crânio, compatíveis com uma queda de grande altura. 2. Juliana morreu imediatamente após a queda? Não. O laudo estima que ela sobreviveu entre 10 e 15 minutos após o impacto, mas sem condições de se mover ou pedir ajuda. O laudo indica a possibilidade de ter havido um período de agonia antes da queda, gerando sofrimento físico e psíquico. 3. Foi possível determinar o horário exato da morte? Pela polícia brasileira, não. O corpo chegou ao Brasil embalsamado, o que prejudicou a análise de temperatura corporal, rigidez cadavérica e outros indicadores. O RJ2, porém, obteve o laudo da autópsia da Polícia Civil do RJ. Apesar de afirmar não ter sido possível calcular a data da morte, o documento, porém, detalha o que apontou o primeiro exame, feito na Indonésia. Segundo o laudo, Juliana morreu entre 1h15 do dia 23 de junho e 1h15 do dia 24. O acidente foi na manhã do dia 21, e o corpo foi encontrado na noite do dia 24. Laudo da Polícia Civil cita o que os indonésios apontaram como horário da morte de Juliana Marins Reprodução/TV Globo 4. Há indícios de que Juliana sofreu antes de morrer? Sim. O laudo aponta a possibilidade de um período agônico, com sofrimento físico e psíquico, antes da morte efetiva. 5. A ausência de socorro imediato contribuiu para a morte? O laudo não conseguiu concluir se o resgate tardio foi decisivo para o óbito, devido à falta de informações sobre a dinâmica do acidente. Os peritos ressaltaram que era preciso esclarecer quantos episódios decorreram do acidente para uma conclusão precisa. Juliana Marins Divulgação 6. O laudo indica que houve violência sexual, agressão de terceiros ou tortura? Não foram encontrados sinais físicos de violência sexual. A pesquisa de espermatozoides foi negativa, mas exames genéticos ainda estão em andamento. Não foram encontradas lesões que pudessem indicar agressão de terceiros, contenção física ou tortura física. 7. O corpo apresentava sinais de desnutrição ou uso de drogas? Não. Não foram identificados sinais de desnutrição, fadiga intensa ou uso de substâncias ilícitas. Apenas a presença do antidepressivo venlafaxina foi detectada. 8. O local da queda foi analisado? Não. A perícia brasileira não teve acesso ao local onde o corpo foi encontrado, o que limitou a análise da dinâmica da queda. 9. Há sinais de que o corpo foi arrastado após a queda? Sim. Foram observadas marcas compatíveis com tentativas de locomoção ou arrasto, possivelmente causadas pela inclinação do terreno onde Juliana foi encontrada. No entanto, pela gravidade dos ferimentos, a vítima não estaria em condições de reagir ou se locomover eficazmente após o impacto. 10. Há divergência entre o laudo do IML brasileiro e a autópsia da Indonésia em relação a causa da morte de Juliana? Não. Ambos os documentos apontam que a causa da morte foi politraumatismo decorrente de queda de altura, com lesões internas graves e hemorragia. As conclusões são compatíveis e reforçam a hipótese de impacto de alta energia. O IML brasileiro afirmou que todos os segmentos do corpo foram comprometidos, enquanto a autópsia indonésia destacou fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa. Equipes na Indonésia tentam resgatar corpo de Juliana Marins Reprodução/redes sociais Pedido na Justiça A realização de uma nova perícia foi um pedido da família para a Justiça brasileira. Além da Polícia Civil, um perito particular acompanhou os procedimentos. O corpo inicialmente seria cremado, mas a família optou por preservá-lo para uma nova perícia. LEIA TAMBÉM: Mochileira e publicitária: quem era Juliana Marins, brasileira encontrada morta após cair em trilha na Indonésia Especialistas da Indonésia analisam por que brasileira não foi resgatada com vida de vulcão Irmã de Juliana Marins critica legista da Indonésia por divulgar laudo da morte à imprensa Lula e presidente da Indonésia fazem declaração à imprensa, mas não citam caso Juliana Marins

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/07/10/caso-juliana-marins-perguntas-e-respostas-apos-nova-autopsia.ghtml


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