Justiça condena ex-servidora da Secretaria de Finanças de Jundiaí por desvio de quase R$ 1 milhão
16/10/2025
(Foto: Reprodução) Paço Municipal de Jundiaí
Prefeitura de Jundiaí/Divulgação
Uma ex-servidora da Secretaria de Finanças da Prefeitura de Jundiaí (SP) foi condenada pela Justiça por improbidade administrativa. Ela é suspeita de desviar mais de R$ 950 mil dos cofres públicos da cidade entre os anos de 2020 e 2023. A decisão saiu na segunda-feira (13) e ainda cabe recurso.
De acordo com o processo, Patrícia Chiaramonte Torezin Pessoto fez 28 pagamentos irregulares utilizando senhas internas do sistema de pagamentos da prefeitura. A investigação aponta que ela emitiu boletos falsos, direcionando os valores para contas vinculadas ao seu próprio cartão de crédito.
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Segundo a prefeitura, Patrícia atuava como chefe de Seção de Tesouraria e foi demitida do cargo em março de 2024, após indícios de desvio de recursos públicos. A mulher também responde a um processo criminal pelo caso.
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A ex-servidora foi acusada com base na Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/92), pelos crimes de:
Enriquecimento ilícito – artigo 9º;
Dano ao erário – artigo 10.
Com base no artigo 12 da mesma lei, a Justiça determinou que ela devolva aos cofres públicos o valor de R$ 1.876.089,94 e pague uma multa de R$ 955.693,78, correspondente ao montante supostamente desviado. A decisão também determina a perda de bens da ex-servidora no valor de R$ 955.693,78.
Além disso, a decisão judicial extingue, de forma definitiva, o vínculo da ex-tesoureira com a administração pública e proíbe sua contratação com o poder público ou o recebimento de benefícios fiscais por 10 anos, este último quando não houver mais possibilidade de recurso.
Em nota, o ex-prefeito Luiz Fernando Machado, que estava na gestão municipal na epóca em que ocorreram os supostos desvios, informou que a irregularidade foi constatada pela prefeitura que, imediatamente, instaurou um Procedimento Administrativo para investigar o caso.
"Paralelamente, a Prefeitura de Jundiaí também registrou a ocorrência na Polícia Civil e no Ministério Público do Estado, solicitando a investigação do caso. A decisão do Tribunal de Justiça confirmou todas as medidas administrativa tomadas pela Unidade de Governo e Finanças à época dos fatos", diz o comunicado.
A TV TEM tenta contato com a defesa de Patrícia.
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